A Cabelte tem um longo historial na fabricação de cabos de energia de baixa tensão (BT), tendo começado a sua produção em 1938, no início da actividade da Jomar, empresa que esteve na origem da Cabelte.
Ao longo do tempo, o mercado tem verificado uma evolução significativa, passando a exigir novos tipos de cabos para novas aplicações bem como requisitos normativos mais abrangentes e exigentes.
A Cabelte foi acompanhando essa evolução, dotando-se das competências técnicas e dos equipamentos adequados à produção e ensaio dos diversos tipos de cabos que constituem a sua gama de produtos. Hoje fazem parte desta gama milhares de referências distribuídas por várias famílias de produtos, com aplicações em redes públicas de distribuição de energia de BT, instalações industriais e residenciais, instalações para os circuitos de potência e de comando dos caminhos de ferro, metropolitanos, aeroportos, etc.
Os cabos são produzidos de acordo com diversas normas nacionais de vários países (Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Alemanha, Suécia, etc.) e internacionais (EN, Cenelec; CEI, etc.) e, também, especificações próprias de alguns clientes e utilizadores.
Requisitos técnicos complementares poderão ainda ser contemplados, para, satisfazer por exemplo, condições de instalação mais severas.
CARACTERIZAÇÃO GENÉRICA
Existe uma grande diversidade construtiva na gama dos cabos de energia de BT. No entanto, nos cabos de energia mais comuns é possível identificar 3 partes constituintes:
- Os condutores que asseguram a transmissão da energia eléctrica
- Os revestimentos isolantes que garantem o adequado nível de segurança eléctrica, para as tensões de serviço especificadas
- Os revestimentos para a protecção externa dos cabos, cujas características têm, sobretudo, em consideração, a aplicação e as condições de instalação.
Os materiais mais comuns usados nos condutores são o cobre e o alumínio pelos elevados valores de condutividade que apresentam e pela facilidade do seu processamento.
A nível de materiais isolantes os mais são utilizados são os compostos de policloreto de vinilo (PVC) e o polietileno reticulado (XLPE). O XLPE apresenta, comparativamente com o PVC, melhores características eléctricas que, conjuntamente com o facto de poder suportar temperaturas superiores, justifica a sua progressiva utilização, em detrimento do PVC.
A nível da protecção dos cabos são, habitualmente, usadas bainhas de materiais poliméricos e, nos casos em que se pretenda uma maior protecção mecânica, armaduras de fios ou fitas metálicas.
As exigências crescentes a nível da segurança das pessoas e das instalações obrigaram, em muitas aplicações, à utilização de cabos de energia de BT com comportamento melhorado na presença do fogo. Estes cabos, designados habitualmente por ignífugos, utilizam, a nível dos isolamentos e das bainhas, compostos com baixo teor de halogéneos e que, quando sujeitos ao fogo, libertam fumos que apresentam baixos valores de opacidade, toxicidade e corrosibilidade.
Em certas aplicações especiais, nomeadamente em circuitos de controlo e de sinalização, em que se torna importante reduzir as interferências electromagnéticas, os cabos são dotados de ecrãs metálicos, geralmente constituídos por fios ou fitas de cobre ou de alumínio.
PRINCIPAIS GAMAS
As gamas mais comuns dos cabos de energia de BT produzidas e comercializadas pela Cabelte distribuem-se pelas seguintes famílias principais:
Condutores e cabos harmonizados para aplicações domésticas e industriais:
- Cabos de distribuição de cobre
- Cabos de distribuição de alumínio
- Cabos de sinalização, comando e medida
- Cabos de transporte e distribuição aéreos (torçadas)
Para além das gamas standard, a Cabelte tem uma longa experiência no fornecimento de cabos de energia de BT especiais, desenhados para cumprir com diferentes requisitos técnicos, a nível características dos produtos ou das condições de instalação, que lhe sejam solicitados.