A gama de cabos nus para linhas aéreas divide-se, quanto à sua utilização, em condutores de fase e cabos de guarda, sendo constituída essencialmente por cabos de alumínio, ligas de alumínio e cabos de alumínio-aço, embora também façam parte os cabos de cobre duro, tradicionalmente fornecidos para as linhas da EDP.
À medida que o consumo energético foi crescendo, as linhas aéreas assumiram extraordinária importância. A necessidade de transportar energia em todo o tipo de territórios foi obrigando ao desenvolvimento de cabos mais robustos, para vencer traçados mais difíceis, com maiores vãos, tendo que garantir um tempo de vida útil de algumas dezenas de anos.
Embora com grandes potencialidades a nível de capacidade de transporte, os cabos de alumínio demonstraram-se inadequados em determinadas situações, pela insuficiente resistência mecânica, relacionada com tensões de ruptura baixas, fluência excessiva e coeficiente de expansão térmica elevado. Assim, foram surgindo outras soluções baseadas na utilização de fios de outros materiais, nomeadamente ligas de alumínio e fios de aço galvanizado, empregues como elementos de reforço. Mais recentemente, a utilização de fios de aço revestidos com uma fina camada de alumínio possibilitou a obtenção de cabos mais resistentes à corrosão quando comparados com os de fios de aço galvanizado.
No essencial, os cabos aéreos nus consistem no cableamento de fios de um ou mais metais em camadas concêntricas, de sentidos alternados. Variando o diâmetro dos fios, a relação dos fios no caso de cabos de alumínio-aço e o número de camadas, obtem-se uma multiplicidade de desenhos que permitem responder aos requisitos de cada linha, tanto a nível da capacidade de transporte e de todos os parâmetros eléctricos associados, como também a nível das características mecânicas impostas pelo traçado; altura máxima ao solo, flechas, vãos, etc...